César Cassiolato |
Os protocolos PROFIBUS-DP e PROFIBUS-PA possuem mecanismos contra falhas e erros de comunicação entre o equipamento da rede e o mestre. Por exemplo, durante a inicialização do equipamento esses mecanismos são utilizados para verificar esses possíveis erros. Após a energização (power up) do equipamento de campo (escravo) pode-se trocar dados ciclicamente com o mestre classe 1, se a parametrização para o escravo estiver correta. Estas informações são obtidas através dos arquivos GSDs (arquivos fornecidos pelos fabricantes dos equipamentos que contém suas descrições). Através dos comandos abaixo, o mestre executa todo o processo de inicialização com os equipamentos PROFIBUS-PA:
- Get_Cfg: carrega a configuração dos escravos no mestre e verifica a configuração da rede;
- Set_Prm: escreve nos parâmetros dos escravos e executa os serviços de parametrização da rede;
- Set_Cfg: configura os escravos de acordo com as entradas e saídas;
- Get_Cfg: um outro comando, onde o mestre verifica a configuração dos escravos.
Todos estes serviços são baseados nas informações obtidas dos arquivos gsds dos escravos. O arquivo GSD do TT303 mostra os detalhes de revisão do hardware e do software, bus timing do equipamento e informações sobre a troca de dados cíclicos. Para ter acesso a biblioteca completa de GSDs SMAR, consulte:
http://www.smar.com/Files/firmware2/PROFIBUS-DDGSD_fw_bmp303-v3r5.zip
O TT303 possui 2 blocos funcionais: 2 AIs (Analog Input). Possui também o módulo vazio (Empty module) para aplicações onde se quer configurar apenas um bloco AI. O TT303 permite a medição simples de temperatura (AI+Empty_Module), a medição diferencial (AI+Empty_Module), a medição dupla (Ai+AI) e a medição simples com um sensor de backup (AI+Empty_Module). Deve-se respeitar a seguinte ordem cíclica dos blocos: AI1 e AI2. Supondo que se queira trabalhar somente com o bloco AI, ele deve ser configurado como: AI, EMPTY_MODULE.
A maioria dos configuradores PROFIBUS utiliza dois diretórios onde se deve ter os arquivos GSD’s e BITMAP’s dos diversos fabricantes. Os GSD’s e BITMAPS para os equipamentos da SMAR podem ser adquiridos via internet no link anterior, no site da smar.
O exemplo a seguir mostra os passos necessários para integrar o TT303 em um sistema PROFIBUS. Estes passos são válidos para todos os equipamentos da linha 303 da SMAR:
- Copie o arquivo gsd do TT303 para o diretório de pesquisa do configurador PROFIBUS, normalmente chamado de GSD;
- Copie o arquivo bitmap do TT303 para o diretório de pesquisa do configurador PROFIBUS, normalmente chamado de BMP;
- Após escolher o mestre, defina a taxa de comunicação. Não esqueça que os couplers podem ter as seguintes taxas de comunicação: 45.45 kbits/s (Siemens), 93.75 kbits/s (P+F) e 12 Mbits/s (P+F, SK3). O link device IM157 pode ter até 12M bits/s;
- Acrescente o TT303 e especifique o seu endereço no barramento;
- Escolha a configuração cíclica via parametrização com o arquivo GSD, que depende da aplicação, conforme visto anteriormente. Para cada bloco AI, o TT303 fornece ao mestre o valor da variável de processo em 5 bytes, sendo os quatro primeiros no formato ponto flutuante e o quinto byte é o status que traz a informação da qualidade desta medição.
- Permite ativar a condição de watchdog, que faz o equipamento ir para uma condição de falha segura ao detectar uma perda de comunicação entre o equipamento escravo e o mestre.
Veja na figura 1 o diagrama funcional do TT303.
Figura 1 – Diagrama Funcional TT303 -SMARA SMAR possui uma ampla equipe especializada em projetos, certificações de redes e instalações em PROFIBUS. Para mais detalhes, acesse o canal direto de comunicação com os engenheiros especialistas em instalações e tecnologia PROFIBUS e AS-i da SMAR: https://www.smar.com/pt/assistencia-tecnica
Consulte a solução completa SMAR PROFIBUS:
- Manuais SMAR PROFIBUS